Das rosas despedaçadas, a migalha recusada.
O último fruto de uma nação anonimada,
inconsistente e fabulada.
No roxo que voa pela imensidão anis,
o amarelo que tudo um dia fez feliz
faz do outro apenas gris.
Plenitude, incompletude.
Os espaços acabam entre um café e outro.
Precificando a jornada progenitora, impedido de girar suas ambições por ocupação mundana.
Atitudes desinteressadas de bonificação.
Nas sinuosidades oníricas do traço, o encontro.
E no trovão que um poste quadrado faz descer ladeira
lembra as palavras antepassadas.
O conforto vem.
A coberta macia e terna protege e acaricia.
O retorno da infância é reconfortante.
E a realidade, cúspide.
26 de abr. de 2007
in.sin.uosidade.
Postado por diego w. às 22:57 3 comentários
25 de abr. de 2007
glósóli
Um clipe perfeito.
E segue a letra, em Islandês:
Nú vaknar þú
Allt virðist vera breytt
Eg gægist út
En er svo ekki neitt
Ur-skóna finn svo
A náttfötum hún
I draumi fann svo
Eg hékk á koðnun?
Með sólinni er hún
Og er hún, inni hér
En hvar ert þú....
Legg upp í göngu
Og tölti götuna
Sé ekk(ert) út
Og nota stjörnurnar
Sit(ur) endalaust hún
Og klifrar svo út.
Glósóli-leg hún
Komdu út
Mig vaknar draum-haf
Mitt hjartað, slá
Ufið hár.
Sturlun við fjar-óð
Sem skyldu-skrá.
Og hér ert þú
Fannst mér.....
Og hér ert þú
Glósóli.....
Sigur Rós anda me deixando extremamente confortável ultimamente.
Glósóli = luz do sol.
Postado por diego w. às 12:37 2 comentários
are the grey days
Cores perdidas, sinais não transmitidos.
O pássaro que não cantou
O vento que não mais sopra.
O sonho de cores peculiares que se perde no horizonte.
A luz desconfiada que preferiu se esconder, em sua timidez.
Vou continuar. Aqui.
Dias cinzentos.
Postado por diego w. às 10:47 1 comentários
21 de abr. de 2007
exactly how it seemed
[...]
com o perdão de alguma dose alcoólica que eu tenha ingerido.
Talvez eu seja o maior colecionador de platonicidades que o mundo já conheceu.
Talvez não.
Coisas platônicas que nunca deram em nada.
Deixem-me sonhar.
Acordem-me.
Coisas que nascem por alguma impulsão, e que o susto da realidade faz enxugar as esperanças.
Hoje foi uma sexta-feira que eu não me deprimi.
O dia foi legal.
Cafés, recheadas e sorrisos.
Menos o sorriso que eu buscava.
=)
Postado por diego w. às 05:01 1 comentários
16 de abr. de 2007
sobre os bloqueios adquiridos
Como é estranho o fato de certas opiniões te bloquearem. As aulas de desenho que recebi na faculdade ainda me traumatizam quando pego algum lápis, ou caneta, e começo a desenhar. É muito difícil eu conseguir fazer algum desenho com o traço limpo como este. Normalmente, saem desenhos como os que publiquei anteriormente. Talvez porque eu goste deles, talvez culpa do meu bloqueio. O trauma causado por estas aulas me desanima, ao ponto de "tu não vais conseguir, tu não sabes desenhar". Indiretamente, foi isso o que consegui absorver de todas as aulas de desenho que tive. O professor teve o sarcasmo suficiente para me bloquear talvez eternamente o traço. Fiquei surpreso, muito surpreso, com as opiniões sobre os desenhos que postei anteriormente, e agora, 2 anos depois de tudo, comecei a reconsiderar o fato da total relatividade dos comentários do professor, que prefiro não nomear aqui. Mas não, acho que o bloqueio vai ser eterno hehe.
sem inspiração. domingo. ai ai...
Postado por diego w. às 00:19 4 comentários
14 de abr. de 2007
da série "coisas que só acontecem comigo"
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
da série "coisas que só acontecem com o Diego"
VCab diz:
como assim? me explica melhor
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
uhauahuhauha
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
tudo bem...
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
em 14 de janeiro de 1987, vinha ao mundo uma criança
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
ups..
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
estava eu bebendo tranquilamente no sandwich, esperando a chuva passar... a chuva passou... fui, inocentemente, levar a aninha maraguifa para o seu lar doce lar
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
tudo bem.... até aí..
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
descendo a 3 de maio, com o mp3, meus cabelos ainda compridos, uma mochila nas costas..
enfim.. um típico junkie ( o.O )
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
sou parado por um gol branco 4 portas, filmado, de onde sai uma loira gordinha cabelos médios..
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
e me pergunta "tu sabe onde vende pó?"
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
diego: han? (estilo britney)
gordinha: tu sabe onde vende pó?
diego: HAN? (estilo britney ao cubo, não acreditando no que ouvia)
goridnha: TU SABE ONDE VENDE PÓ?
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
diego: ahhh.. o.O (mix de feições erradas para o momento)
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
[diego neste momento não quer se passar por outlander, faz uma cara de "hmmm, sim sim, sei, entendo, aham..."]
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
diego: ãããã... olha.. descendo aqui, 2 quadras pra baixo, dobrando à direita, no meio da quadra tem uma casa rosa, ali deve ter.
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
[neste momento salta alguma pessoa do vidro traseiro]
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
pessoa: não tem algo aqui pela volta, eletrobrick?
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
diego: é, tem , mas não sei se tem ali.
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
gordinha: onde mesmo, descendo aqui duas quadras, né?
diego: sim, à direita, no meio da quadra.
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
[neste momento, a tia que estava regando suas plantas *sem propósito, pois havia chovido*,
começa a jogar água no carro e em mim]
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
carro sai andando, diego segura MUITO uma gargalhada
D o k t o r Z a v u l o n ]] diz:
pessoa do banco de trás: pô tia, tá loca? tá jogando água aí? tá loca?
Postado por diego w. às 22:16 1 comentários
12 de abr. de 2007
nothing better
Will someone please call a surgeon who can
crack my ribs and repair this broken heart that
you're deserting for better company?
I can't accept that it's over: I will block the door
like a goalie tending the net in the third quarter
of a tied-game of rivalry
So just say how to make it right
and I swear I'll do my best to comply
Tell me am I right to think that there could be
nothing better
then making you my bride and slowly growing
old together
I feel I must interject here, you're getting carried
away, feeling sorry for youself with these
revisions and gaps in history.
So let me help you remember. I've made charts
and graphs that should finally make it clear.
I've prepared a lecture on why I have to leave
So please back away and let me go
I can't my darling I love you so...
Tell me am I right to think that there could be
nothing better
than making you my bride and slowly growing
old together
don't you feed me lines about some idealistic
future
your heart won't heal right if you keep tearing
out the sutures
I admit that I have made mistakes and I swear
I'll never wrong you again
you've got a lure I can't deny, but you've had
your chance so say goodbye
[the postal service - nothing better]
Dias de outono. Aulas recomeçando. Os mesmos dias, as mesmas pessoas. Mas as mesmas pessoas fazem dos mesmos dias cada um diferente do outro.
Todos os sentimentos e sensações do mundo. Sou um pára-raio do que está à minha volta. Mas tem dias que as lágrimas escorrem, mesmo com uma felicidade intensa brotando, e é inevitável. É bom para realizar uma 'troca periódica de líquidos'. Biologia.
E algo intenso nasce.
=)
[dias de outono e sua luminosidade mágica, o céu de um azul escuro, o sol de um amarelo vibrante - nada de flores. Folhas secas, friozinho e essa luminosidade me renovam]
Postado por diego w. às 19:46 2 comentários
9 de abr. de 2007
Lua minguante, férias, outono.
Mais uma viagem. Parece que a empresa finalmente aprendeu a se organizar. Ainda tenho dores nas costas - definitivamente 11 horas de viagem não fazem bem à minha coluna, sobretudo quando não se consegue dormir. O ronco da pessoa ao lado parecia mais alto, as músicas do player, aceleradas... as luzes das cidades adentravam as poucas frestas, a velocidade é reduzida, a janela aberta, e um acidente visto. Algo perturbava.
Dormir desconfortavelmente eu não consigo.
Quanto ao fim de semana...
...foi bom. Revi muita gente que não via desde o fim de ano. Saudades das avós, de alguns tios e de poucos primos. A família, pai, mãe, maninha - estes eu vira recentemente, mas morria de saudades também.
Foi bom para cumprir as tradições. Não sou religioso, mas gosto tanto destas reuniões com algum motivo que pode ser banal, mas que é tão necessário... uma reunião em família, um dia comendo peixe... tudo em um ritual que há 20 anos se repete... quer dizer... há 20 anos que o acompanho, o ritual é anterior ainda. Nossa família e a avó materna. Peixe, arroz e aipim cozido. É legal, me sinto bem nestas situações. Vale pela tradição, independente da crença. Eu, particularmente, necessito destes momentos - capricorniano (tradicionalista), com lua em câncer (família).
E hoje voltar à rotina. Aulas recomeçam. Trabalho. Pessoas de volta, livrando o apartamento daquele silêncio mortal que ficou por 2 semanas.
Trabalho manhã e tarde. Sair, e encontrar o casaco que tanto procurava. Comprar, ir comer bolo de chocolate e voltar pra casa. É cansativo, mas eu gosto tanto disso!
Vontade de mudar um pouco. Acho que vou cortar os cabelos. Tenho apenas 20 anos. Se eu quiser, posso deixar crescer novamente. Tia flor de margarida que se prepare =P.
Não estou muito inspirado pra escrever, mas queria atualizar.
don't wake me, I plan on sleeping in...
Postado por diego w. às 23:19 0 comentários
everything you touch
Porque essas coisas me fascinam tanto?
Terei um ano inteiro para pensar nisso... trabalho de conclusão de curso. Design vernacular e as particularidades do popular. Identidade, cultura e inocência. Tipografia, ilustração e fascínio. Até onde se deve considerar isto algo 'primitivo'?
Escrito na nota: "Boa sorte, voce pegou a nota da sorte nunca mais faltará dinheiro esta nota e a corrente de S. Cosme e Damião. Escreva em 5 notas e passe adiante, não quebre a corrente"
e, mais abaixo: "Está amarrado em nome do senhor Jesus".
[as pontuações foram mantidas tais quais].
Quem estava comigo quando recebi esta nota, viu meus olhos brilharem. Não sei porque, mas amo tudo isso...
Saída da doçaria, um troco, uma pessoa feliz. Não a gastei até escanear. Não perderia isso. Não apóio essa forma de 'depredação'. Geralmente odeio. Mas não neste caso. Este excesso de informação - divertido e fascinante.
Pareço patético. Mas gosto dessas coisas.
Postado por diego w. às 23:08 1 comentários