Na paisagem das alturas, o reencontro com o seu desejo íntimo mais profundo. A vontade que o fez imaginar tantas e tantas coisas. Na altitute. A visão que alcança o longe e que sequer parece se importar em delimitar o fim na linha do horizonte. Ela segue mais, e mais. Na direção daquela luz alaranjada, e talvez ali esteja o seu destino. Não naquela linha, mas além. O além que ninguém sabe onde é, e que por isso nem ele ousa encontrar. Nas folhas caídas do chão, o barulho é como um ponteiro de relógio. Apenas um, pois não marca a hora da maneira tradicional. Marca a sua hora, e é sincronizado com o seu tempo, quiçá perdido. Certamente não. É agradável e incomum. Mesmo assim, trata de transformar-se algumas vezes, dubitavelmente certeiro.
O som era diferente, foi e é. Um rumor no ambiente, um silêncio no seu local. Palavras perdidas, mas protegidas pelos vidros. A rua vazia parecia compreender aquele tempo. Aquele pensamento. Aquele silêncio. Não se diga, porém, que isto estava sendo de alguma maneira desagradável.
E sentir o vento que ainda sopra faz bem. E dá aquele desejo de querer mais. Mais, mais.
Nunca pára por aqui.
Construirei minha casa no alto de um monte.
15 de jun. de 2008
sobre casas, altos e silêncios.
Postado por diego w. às 23:43
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Um comentário:
eu também quero morar no alto de uma montanha, em uma casa com uma varanda enorme de madeira! :D
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