14 de out. de 2009

les temps sont durs pour les rêveurs.

melhor frase, de um dos melhores filmes..

12 de out. de 2009

A vida é um jogo engraçado.
Quanto mais tu tenta provar a si mesmo que és dependente, mais ela te joga na cara que não.
Quanto mais tu tenta provar a si que teus vícios não te afetam, mais ela prova que não.
Quanto mais invulnerável que tu tenta parecer ser, mais lá vem ela e te joga na cara certas coisas que te fazem repensar em tudo.

Essas são as regras. Os dados, quem joga, é o Sr. Kronos, deus do tempo. Ele, na verdade, não precisaria jogar os dados - sabe dos resultados. Joga apenas por convenção. Ou, pra que a gente possa se conformar que as regras estão sendo justas e que tudo não é obra apenas do acaso.

E o caminho, embora pareça traçado, sempre somos nós quem escolhemos. É a nossa parte, a justa parte para que não nos sintamos injustiçados com as coisas que acontecem. Esquerda, direita.. ou apenas frente. Se olhar pra trás, tem que voltar algumas casas (aquela para a qual estavas olhando) - traumas a curar. Se o passado não te afeta, não tens porque olhar pra ele. Aí é retomar o caminho. O engraçado é que o tabuleiro se modifica, a partir desse momento. Porque nunca podes voltar, só recomeçar. Logo, continuas na mesma posição, mas o caminho na tua frente se rearranja. Tudo se apaga e tenta reescrever-se de uma forma semelhante ao que enxergaste no momento que olhaste para trás. Até não sentires necessidade de olhar. Aí Sr. Kronos decide quantas rodadas ficas sem jogar, ou quantas casas vais andar até chegar novamente ao ponto crucial. Nele haverá uma divisão estranha, e tudo depende do tempo e do modo que levaste para percorrer novamente este caminho. Na verdade, tudo parece ser dividido em duas partes e de fato é uma só. Ah, olhar pra frente é complicado, porque tudo é ilusão, a não ser o ponto onde estás, e o caminho que percorreste. É bom sempre levar um papel e uma caneta junto, pra anotar as decisões anteriores sem precisar olhar pra trás. E, claro, dessas decisões, só podes anotar o que deu certo. Esse é o aprendizado que o jogo dá. Como a lição de moral no fim dos filmes. Nas existências, vamos percorrendo diferentes tabuleiros. Tudo depende do anterior. Até chegarmos ao final, que, na verdade, não existe definidamente. Tudo depende de como jogamos o jogo anterior. Da nossa capacidade de curar os traumas, da nossa capacidade de aprender com o passado pra podermos construir o caminho. Sempre lembrando que "caminho feito já tem dono". Cada um constrói a si, cruza com os caminhos dos outros, aprende, joga, aguarda a sua vez. Segue.

E assim vai.

Pode parecer um jogo ruim, chato. Mas, quando observares tudo o que acontece, vais ver que é um jogo engraçado. Um filme de comédia com lição de moral no final. Tudo depende da interpretação e de como lês as regras.


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Talvez seguir andando sem rumo seja o meu caminho predileto. "Vou por aqui", penso. E vou.

Ando mudando. Percebi isso hoje. Ultimamente, evitava pessoas. Hoje fui ao seu encontro, não que as conhecesse e tivesse vontade de trocar palavras. Fui ao seu encontro, e só. E segui, logo após. Se elas me perceberam, nem sei. Eu as percebi. Inventei histórias para elas. E invejei a criança que caiu na minha frente, e mesmo assim manteve o maior e mais confortável dos sorrisos.