28 de jan. de 2008

substratos.

um café para brindar o dia que se inicia. Após longa viagem, contando estrelas, observando a lua, as pessoas dormindo e os fatos que ocorriam ao lado de fora do ônibus. Não costumo sentar no lado do motorista, muito menos em bancos tão a frente como nesta viagem fiz. Foi o motorista que escolheu, não eu. Este lado parece incômodo, sob um primeiro olhar. Todos os carros que transpassam o veículo acabam por trazer para dentro do ônibus algo de sua luminosidade, atrapalhando aqueles que querem e conseguem dormir em ônibus. Para eu, porém, que quero e não consigo dormir em ônibus, pareceu interessante. Ver os carros passando e poder observar a lua, gigante, amarela.
Talvez sem muitas motivações. Um ser neutro ali dentro, em dúvidas. Muitas. Não gosto de incertezas. E isto me prendeu nas imensidões imanentes de meu cérebro, delimitado por dois fones de ouvido, e algumas músicas de vários artistas que tocavam em ordem aleatória. Pensamentos longe. Algo de frieza, algo de indiferença. Mas a viagem foi mais curta e por isso, pouco mais confortável. A estadia lá foi legal, a formatura foi legal. Tirando as várias perguntas que me faziam e que sequer eu tenho as respostas (aliás, estou a procura de alguém que possa responder). Observações alheias sobre mim. Sinto saudades de tantas coisas. Recentes ou antigas. O verão nunca me deixou tão para baixo. Quero o outono. Para deitar-me em sábados a tarde enrolado no cobertor, e dormir sob o olhar da lua que nascerá mais cedo.

22 de jan. de 2008

então..

já entreguei o tcc, já defendi o tcc, já sei minha nota, e amanhã entrego a versão final.
já entramos em 2008, já passamos os 12 primeiros dias (que segundo minha mãe são reflexos um de cada mês do ano), já fiz 21 anos.
Já conheci o cassino, Rio Grande, o navio, dirigi, cumprimentei pessoas aleatórias só por diversão.
Já adotei uma gatinha, já brinquei com ela, já dei nome para ela, já me apeguei a ela.
Coisas mudam. Bastante. Ou nem tanto. Breves mudanças, profundas mudanças. Nostalgia, Postal Service, Nothing Better.

Algumas incertezas, alguns desejos. Principalmente de continuar mudando, e cessar uma série de acontecimentos. E enfim. [...]

e o twitter é o responsável pelas teias de aranha que habitam aqui agora.

4 de jan. de 2008

gen. telles.

Globeleza dá seus passos dia 02 de janeiro, lançando ao mundo oficialmente o carnaval.

Aí que eu sou praticamente vizinho de uma escola de samba que ensaia praticamente todo dia. Até dia 05 de fevereiro, serei agraciado pelas mais lindas canções de repertório nacional em versão samba-enredo. Hoje tocaram até Armandinho. Percebi que muitas coisas podem piorar.

Aí que a única graça que eu vi em todo o carnaval até hoje foi isso.

1 de jan. de 2008

ao telefone.

"-oi mãe!
-oi filho!
-feliz ano novo!!
-feliz ano novo!!!

*pausa, ambos em lágrimas*

-e como é que vocês tão?
-estamos bem, e você? Vai fazer ceia?
-vou, veio uma amiga minha aqui e a gente fez umas coisinhas pra comer. E vocês, vão fazer alguma coisa?
-sim. Tem lentilha, e eu fiz uma farofa e coloquei umas frutas na mesa. E uma foto tua e uma da tua irmã."



seguem-se minutos conversando com ela e com o pai. Não consigo até agora descrever o sentimento que me veio quando ela falou das fotos. Foram lágrimas, foram sorrisos, não consegui falar por certos instantes.. um desejo enorme de entrar pela linha telefônica e parar do outro lado. Meu primeiro reveillon longe deles, e o primeiro deles lá, sozinhos. Mas enfim.. esse telefonema me deixou com uma felicidade tamanha, mesmo que na hora eu só tenha conseguido chorar.

E veio. 2008. Que seja.