25 de jul. de 2007

Síndomes do incompreensível

O blog é quase como uma válvula de escape..

Primeiramente gostaria de demonstrar o meu repúdio para o sistema de feeds que, sim, facilita horrores a vida do nerd feliz. Mas meu blog/flickr/enfim.. que já era pouco movimentado.. fica menos movimentado ainda. Eu sei que tem gente que lê isso aqui. Mas ninguém comenta! =p

diego carente mode= off.


É sempre difícil começar um post que talvez comece a ficar piegas demais. As coisas acontecem, os movimentos surgem.. e vão. E eu ali, parado. No meio do carnaval. Com uma máscara (colorida) e uma camisa (xadrez). Complexo. Mas ninguém nota. Aqui, no meio da multidão, posso compreender o porque é tão fácil gostar de carnaval, ou de qualquer outra festa. Todos têm as suas válvulas de escape para as obrigações da vida de adulto. Mas eu gostaria de entender até onde esses sorrisos e gritos eufóricos são verdadeiros. Estou espremido aqui no meio, quase invisível. Apenas observo. Máscaras, máscaras. Algumas vezes plumas, mas sempre máscaras. Necessidade de esconder dos outros algo, e de sorrir mesmo sem vontade, em uma falsa tentativa de mentir para si mesmos. Não os critico pois estou eu, aqui, com minha máscara. Mas ela não tem sorriso. Sequer tem expressões. Apenas dois furos para que eu possa enxergar. Deve ser por isto que ninguém vem falar comigo neste baile. Um lunático, alguns me classificam. E ali vem o palhaço, de amarelo - recordo a minha infância. Uma das histórias que vão ficar para sempre na minha memória eu ouvi quando tinha uns 7 anos. Talvez menos, mas quando somos criança a idade não importa tanto. Estávamos eu e minha família - mãe, pai e irmã - em um circo que se apresentava em uma cidade vizinha. Mágicos, equilibristas, palhaços, leões, ... Palhaços, como sempre, fazendo suas piadas com seus rostos pintados, e fazendo a platéia ter acessos de riso simultâneos. O espetáculo acaba, e nós esperamos a grande massa sair para não pegar empurra-empurra na saída. O circo quase vazio e nos dirigimos à saída, onde há um homem parado, com um olhar parado em algum ponto que só ele conseguia ver. Cabisbaixo, olhar sem brilho e uma expressão cansada e triste. Alguns passos a frente e eu posso o reconhecer. É um dos palhaços que há pouco fazia todos rirem, e ria junto. Eu olho para a minha mãe e comento "é o palhaço.. como ele está triste..". E então minha mãe profere uma frase que ficará eternamente guardada em minha memória: "por trás de toda a máscara de um palhaço, existe uma pessoa que tenta esconder as suas dores". Momento 'choque'. Calo-me e seguimos nosso caminho até o carro. Aquela imagem e aquela frase nunca saíram da minha cabeça. E vieram fortes agora, quando vi este palhaço amarelo. Cada um com sua válvula de escape. Amanhã o carnaval acaba. E só restarão as cinzas.

*a história do circo e da frase da minha mãe é real. A frase não foi exatamente esta, mas algo que se assemelha.


Gostaria de entender tanta coisa. Minhas perguntas parecem ser tão simples. Estou cansado. Fins de semestre são sempre assim. Não tenho mais tempo para pensar em mim. Meus sonhos se perderam em algum lugar que eu estou com dificuldade de lembrar.. O que me fazia voar eu não sei onde está. Saudades, saudades. Saudade dos tempos não-idos.

Elliot Smith - waltz #2.

16 de jul. de 2007

claustro's over. Sunny day =)

Dia ensolarado e bonito hoje... deu vontade de atualizar isso aqui.

Frio, frio pela manhã.. agora à tarde deu uma esquentadinha seguida de vontade de ficar lesando na praça a tarde inteira. Mas eu tenho que trabalhar. Outros dias estarão assim e neles eu faço isso. Preguicinha, preguicinha.
Hoje à tarde tenho que fazer aqueles trabalhos que a gente fica procrastinando, não por serem chatos, mas por não serem aquelas coisas legais que tu te pilha pra fazer. Alguma que outra coisa já foi feita.
A manhã foi divertida, com visita inesperada. E o fim do meu claustro. Um fim de semana inteiro trancado dentro de casa sem ver ninguém.. Sou um eremita algumas vezes.. mas na verdade eu só fico esperando algum convite pra sair. Mas ontem tava tão bom de ficar em casa dormindo o dia todo.. um friozinho, uma preguiça. Preguiça... mais uma vez falo nela. Credo. Ontem eu tinha preguiça de tudo.. até de falar com as pessoas.. o telefone não foi atendido, o messenger ficou offline [salvo exceção =) ], e tudo parecia distante. A janela ficou fechada. Eu praticamente não existia, ou existia só para o meu mundo.
Enfim.. isso é bom e ruim. Se foi ruim, foi compensado pela manhã, e por este dia lindo e frio que está fazendo. Céu azul na tonalidade que só vejo aqui. Céu azul escuro, escuro de frio.. inverno. Coisa boa.